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quinta-feira, 20 de março de 2014

Sobre sapatos velhos, cadarços e pés

Você lembra, lembra, daquele tempo, eu tinha estrelas nos olhos, um jeito de herói

Há alguém de quem gostei.
Ele media a distância entre a lua e a terra com os dedos, assim a lua parecia mais próxima, e, era assim que mediamos o nosso tempo juntos.
Eu vivia andando com o sapato folgado, os cadarços viviam desamarrando, sujando, enrolando no chão. O cadarço quase solto,quase livre, com nós folgados.
Então, teve uma noite, em que ele veio, desatou os nós folgados dos meu pés, não foram os nós dos sapatos, mas do caminhar. Só que assim, com o cadarços desamarrados, eu poderia tropeçar, cair, mancar... 

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